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André Galindo da Costa

David Robert Jones nasceu no dia 8 de Janeiro de 1947 em Londres. No meio artístico ficou mundialmente conhecido como o músico David Bowie. Bowie veio a falecer aos 69 anos no dia 10 de janeiro de 2016, dois dias após comemorar o seu aniversário e de lançar seu último disco em vida, o aclamado Blackstar, onde uma das músicas de maior sucesso, Lazarus, é uma referência direta a morte e a ressureição. Em janeiro de 2017 faz 1 ano de sua morte, caso estivesse vivo completaria 70 anos de idade.

Sua carreira artística foi marcada sempre por inovações, seja na música, no seu figurino ou nas polêmicas criadas em torno da sua pessoa. Tais características somadas à capacidade de transição entre diversos gêneros musicais lhe rendeu o título de “Camaleão do Rock”. David Bowie trouxe importantes contribuições como cantor ou compositor para o: rock, folk, beat music, glam rock, punk rock, soul, funk, pop music, música eletrônica, etc. Fora da música sua atuação foi marcante na poesia, mímica, arte expressionista, pop art, teatro, cinema e moda.

Independente do gênero musical ao qual se dedicou sempre ficou marcado por sua originalidade e um vocal bastante característico. No cinema realizou importantes interpretações quando fez o papel dele mesmo em Christiane F., quando incorporou o ilustre físico Nikola Tesla na ficção O Grande Truque (2006) ou quando fez o papel de Andy Warhol, pai da pop art, no biográfico Basquiat No filme infantil Bob Esponja: Calça Quadrada (2007) ele fez a voz de Lord Royal Highness, o Rei de Atlantis, personagem claramente inspirado no próprio Bowie.

Bowie construiu sua carreira artística ao longo de seis décadas, alcançando os maiores níveis de popularidade entre os anos 1970 e 1980. Em 1962, aos 15 anos de idade, David Bowie formou sua primeira banda, os Kon-rads, que realizava apresentações em festas de casamento. O reconhecimento de Bowie como músico só veio a acontecer em 1969 quando a música Space Oddity alcançou o quinto lugar na UK Single Chart Tal música, conforme o próprio Bowie, teve inspiração no filme 2001: Uma Odisseia no Espaço de Stanley Krubick e na corrida espacial vivida no contexto de Guerra Fria.

Diversos hits de Bowie fizeram sucesso. Entre eles estão: Changes (1971), Life on Mars (1971), Starman (1972), Rebel Rebel (1974), Fame (1975), Heroes (1977), Let´s Dance (1983), Telling Lies (1997), Everyone Says Hi (2002), etc. Muitos astros da música assumem ter tido inspiração em Bowie. Nessa lista estão: Madonna, Arcade Fire, Nirvana e Lady Gaga. Bowie também já atuou ao lado de outros grandes artistas, como: Cher, John Lennon, Queen, Iggy Pop e Tina Turner.

O Camaleão sempre foi conhecido pela sua exuberância, inovação e originalidade no modo de se vestir, pentear e maquiar. Apesar das vestimentas e atuações no palco, sua vida privada sempre foi marcada por muita discrição. David Bowie foi casado duas vezes. O primeiro casamento foi com a atriz Angela Barnett e como fruto do casamento tiveram o filho Duncan Jones, hoje um famoso cineasta. Seu segundo casamento foi com a bela modelo somali Iman Mohamed Abdulmajid no qual tiveram a filha Alexandria Zahara Jones.

Alguns momentos da vida de Bowie foram marcados por excessos de drogas ou de sexo. Alias, a sua vida sexual sempre foi uma grande incógnita. Tido como ícone para o movimento LGBT por conta da sua aparência andrógina, ele alternou diversas vezes entre afirmar e negar publicamente sua bissexualidade. Teve uma grande identidade com a cidade de Berlim, onde viveu parte de sua vida e a quem prestou homenagem com os discos gravados entre 1977 e 1979, que em seu conjunto receberam o nome de Triologia de Berlim.

O culto a Bowie é notável na cidade de São Paulo. Ele se dá através de grafites, tatuagens ou estampas de camisetas. O cantor fez apresentações em São Paulo em 1990 nos antigos Palmeiras e Olympia. Voltou à cidade em 1997 com a turnê do disco Earthling. Em 2014 a sua exposição do museu britânico Victoria & Albert foi trazida ao Museu da Imagem e do Som (MIS). Foi a primeira vez que essa exposição que continha manuscritos, videoclipes, desenhos, figurinos, trechos de filmes, letras de músicas e instrumentos saiu de seu país de origem e em 71 dias que ficou na cidade de São Paulo alcançou, até aquele momento, a maior média de público do MIS. Em 2016 o cantor também ganhou uma homenagem em forma de bloco de carnaval no bairro da Santa Cecília, que fica na região central da capital paulista. Tal bloco de carnaval é batizado como Tô de Bowie.  

Bowie é cultuado por alguns de seus fãs como um alienígena que estava de passagem pelo Planeta Terra. A fama de extraterrestre só aumentou devido a sua anisocoria, condição caracterizada pelo tamanho distinto entre as duas pupilas.Tal situação foi gerada por um soco que levou no olho durante a adolescência no colégio. Quem lhe golpeou foi o seu melhor amigo na época e o motivo estava a associado a uma disputa em relação a uma garota pela qual os dois estavam apaixonados. Na ocasião Bowie quase ficou cego de um dos olhos e no final a garota não teria ficado com nenhum dos dois.

Bowie sucumbiu na cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, diante de um câncer que foi diagnosticado 18 meses antes de sua morte. Porém, conforme seus fãs mais assíduos, David Bowie não morreu. Ele deixou a Terra em seu disco voador para voltar para o seu planeta natal, que talvez seja Marte. Ou quem sabe se instalou em algum outro planeta habitado por onde deve ficar os próximos 70 anos partilhando com a população local a sua genialidade artística.

david bowie

David Bowie ficou famoso pela sua atuação na música, mas teve importantes atuações também no cinema e no teatro e influenciou bastante a moda.

 

Referências
BARCINSKI, André. Bowie desfilou hits e se reinventou no palco em show no Brasil. Folha de São Paulo. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2016/01/1728556-bowie-desfilou-hits-e-se-reinventou-no-palco-em-shows-no-brasil.shtml>. Acessado em 12 de janeiro de 2016.
GOMES, Jader. 20 marcos da vida e carreira de David Bowie. Revista Vestiário. Vitrola. Disponível em: <http://vestiario.org/2013/10/07/20-marcos-da-vida-e-carreira-de-david-bowie/>. Acessado em 12 de janeiro de 2016.
NOGUEIRA, Kiko. Bowie encenou a própria morte e enganou o mundo direitinho. Diário do Centro do Mundo. Disponível em: <http://www.diariodocentrodomundo.com.br/bowie-encenou-a-propria-morte-e-enganou-o-mundo-direitinho-por-kiko-nogueira/>.  Acessado em 12 de janeiro de 2016.
SOARES, Jussara. Fãs criam bloco em homenagem a David Bowie. Uol Carnaval 2016. Disponível em: <http://blogdobloco.blogosfera.uol.com.br/2016/01/11/fas-criam-bloco-em-homenagem-a-david-bowie/>. Acessado em 12 de janeiro de 2016.
VÁRIOS. David Bowie. ed. 1ª, São Paulo, Cosac Naify, 2014.


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