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Assessoria de Imprensa, 21/09/2018

Muita música e exaltação a tradições afro-brasileiras: foi com essa programação que a Associação Cultural de Capuêra Angola Paraguassú empolgou o público do auditório da Escola de Contas do TCM na sexta-feira (21/09). Neste terceiro dia de espetáculo da série musical Concertos Didáticos, a novidade ficou por conta da presença especial de cerca de 40 alunos do quinto ano da EMEF Jornalista Millôr Fernandes, que fizeram parte da plateia.

 

 

mestre jaime de margrande

Mestre Jaime de Mar Grande é capoeirista desde os nove anos de idade e encontrou na dança a formação como cidadão

O grupo Angola Paraguassú foi fundado na década de 90, rebatizado em janeiro de 2006 e é uma associação sem fins lucrativos que vê na prática da capoeira, tradicional dança africana e de muita tradição no Brasil, um fator de agregação, respeito para com o próximo e liberdade não só no movimento corporal, mas também no equilíbrio emocional.

carlos alberto mestre jaime

Carlos Alberto Correa e Mestre Jaime de Mar Grande são os porta-vozes do grupo Angola Paraguassú

Liderados pelo Mestre Jaime de Mar Grande, o grupo mesclou histórias da capoeira com muita ginga e samba de roda. Praticante da arte desde os nove anos de idade, o Mestre falou sobre seu nascimento na Ilha de Itaparica (BA) e a importância da capoeira na sua vida. “Ela tem extrema importância para a cultura brasileira, essa arte do improviso, espontânea, livre, tem muito a ver com nossa tradição. A capoeira me ensinou a ser mais um homem mais completo. Tive a felicidade de encontrar referências de valor imensurável que me fizeram ser a pessoa que sou”, completou ele.

A primeira apresentação da capoeira angolana que o grupo pratica durou cerca de 15 minutos, com os nove integrantes do grupo mostrando um pouco da dança, na levada das cantigas “Menino quem foi seu mestre” e “Ai ai aide”.

capoeira

O grupo foi rebatizado em 2006 e vê na prática da capoeira um fator de agregação, respeito com o próximo e liberdade

Mestre Jaime também falou de como a capoeira era vista antigamente: “Ela tinha esse formato porque na hora em que a polícia chegava, era fácil desmontar tudo e cada um fugia para um lugar diferente”. A simplicidade da dança era o que se sempre se destacava, por conta de não precisar de nada muito rebuscado para se formar uma roda e começar a jogar: bastava um balde, ou um grupo batendo palmas, que já começava a brincadeira entre os escravos como forma de ocupar a mente. Isso também era visto com uma conotação de “vadiagem”, pois estas brincadeiras sempre aconteciam no horário de almoço.

O sambador Carlos Alberto Correa também fez uma breve introdução sobre a dança e falou da relação entre ela, o samba e o futebol. “O samba sempre andou junto com a capoeira, e muito da movimentação corporal, a ginga, esse jeito de encarar as adversidades que os negros encontravam, a gente pôde observar isso na criação do drible que caracterizou o futebol brasileiro, sobretudo nos anos 20 e 30 com Leônidas da Silva, que se utilizou dos movimentos aprendidos no samba para passar pelos marcadores”, afirmou. Ao final da explanação, o samba de roda tomou conta do palco com um clássico deste ritmo como “Vou ver Juliana”, de Pinduca.

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O auditório da Escola de Contas do TCM recebeu um bom público no evento desta sexta-feira (21/09)

No terceiro ato, Mestre Jaime falou do começo do samba e da percussão, de como extrair sons de coisas mundanas como baldes, latas, pratos para embalar a capoeira. Correa exaltou o fato de o samba de roda e da capoeira terem se tornado patrimônios culturais do Brasil em 2008.

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Funcionários do TCM subiram ao palco para dançar junto com o grupo durante a apresentação

E, nos vinte minutos finais da apresentação, um momento especial, que tornou o palco da Escola de Contas uma grande festa: as crianças da EMEF Jornalista Millôr Fernandes, com acompanhamento dos professores Ricardo Nicolau Luccas e Priscila Luz Lacerda, funcionários do TCM subiram ao palco e dançaram juntos sambas de roda com o grupo, momento este que levou o público presente ao delírio, encerrando, assim, o terceiro espetáculo musical da série.

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As crianças da EMEF Jornalista Millôr Fernandes também prestigiaram o evento e se divertiram no palco junto com o grupo

A próxima apresentação dos “Concertos Didáticos” será no dia 5 de outubro (sexta-feira), que trará o lúdico na música com a Trupe Pé de Histórias como convidado especial. O espetáculo acontece às 12h30, no auditório da Escola de Contas do TCM.

 


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